CURSOS DE ESTÉTICA EM VILHENA-RO

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

CRIOTERAPIA

Temperatura Corporal

Trata-se de um tratamento não invasivo para redução de gordura localizada e flacidez dérmica.

A temperatura do interior do corpo – “centro” – mantém-se quase exatamente constante, dentro de uma variação de 0,6º C dia, exceto quando a pessoa apresenta um estado febril.

A temperatura superficial, ao contrário da temperatura central, aumenta e diminui com a temperatura do meio ambiente. Essa é a temperatura importante quando nos referimos à capacidade da pele em perder calor para o meio ambiente.

A pele, os tecidos subcutâneos e a gordura dos tecidos subcutâneos constituem um isolador térmico para o corpo.

A maior parte do calor é produzida nas porções mais profundas do corpo, o isolamento por debaixo da pele constitui um meio efetivo para manter as temperaturas internas normais, apesar de permitir que as temperaturas da pele aproximem-se da temperatura do meio ambiente. A temperatura do corpo é regulada por mecanismos nervosos através dos centros reguladores da temperatura, localizados no hipotálamo. Entretanto, para esses mecanismos operarem terão que existir detectores de temperatura.

A pele possui até dez vezes mais receptores ao frio que ao calor em algumas partes do corpo. Muitos dos sinais para a identificação do frio originam-se nos receptores periféricos, porém esses sinais ajudam a controlar a temperatura corporal, principalmente através do hipotálamo. O mecanismo global para o controle térmico do hipotálamo é denominado termostato hipotalâmico.
Quando o termostato hipotalâmico constata que a temperatura corporal está alterada, adota procedimentos apropriados, destinados a reduzir ou aumentar o calor.


Redução de medidas

Muitas vezes, para se manter o equilíbrio térmico, é necessário produzir calor internamente. Para isso, utiliza-se a energia armazenada nos adipócitos, transformando gordura em calor. Quando isso ocorre, temos como conseqüência a diminuição do volume dos adipócitos, ocasionando a redução de medidas.

Se mantivermos uma fonte térmica externa aquecendo o tecido superficial, provocaremos um desequilíbrio entre a superfície do organismo e seu interior. Para se restabelecer esse equilíbrio térmico, nosso termostato provoca a sudorese ou calafrios. O objetivo é levar líquido à superfície externa do tecido por evaporação, a fim de baixar a temperatura externa ou causar contração muscular para gerar calor. Ocorre que a fonte externa permite que o hipotálamo busque outra forma para se restabelecer. Já que não se consegue regular a temperatura externa, só resta a alternativa de elevar a temperatura interna. Para isso, é necessário que se reduza calor internamente. Esse calor virá das nossas reservas orgânicas na transformação de gordura em calor, ocasionando, assim, a queima de gordura.



Tratamento Sinérgico

A sinergia da crioterapia, termoterapia, dermotonificação e ionoforese apresenta características importantes e fundamentais nos tratamentos de flacidez dérmica, pré e pós-cirúrgico, bem como na mobilização da gordura localizada e celulite.

A termoterapia de aplicação localizada e controlada permite que ocorra uma vasodilatação, aumentando o fluxo sangüíneo e nutrindo os tecidos, bem como o aumento da permeabilidade celular, facilitando a penetração de ativos. O disparo da termogênese local é um dos principais efeitos, pois é capaz de mobilizar os tecidos adiposos e celulíticos a fim de diminuir a resistência dos mesmos e suprimi-los. A vasocontrição induzida na aplicação da crioterapia localizada tem como efeito a diminuição do fluxo sangüíneo e a permeabilidade da membrana, possibilitando a redução de edemas. Com o resfriamento, o metabolismo tecidual diminui e menos metabólitos são produzidos, proporcionando o aumento do tônus vascular.

No trauma e na inflamação, a crioterapia previne o extravasamento sangüíneo, diminuindo a quantidade de fibrinas e uma menor síntese de colágeno, minimizando, assim, a aderência, o que é muito interessante na atuação de pós-operatório e medicina desportiva.

A associação da ionoforese termoativa seguida da crioterapia é muito interessante, pois os efeitos do aumento de temperatura induzidos pela corrente galvânica (2 mA – 6 mA) e a penetração de princípios ativos pela ação terapêutica dessa corrente fazem com que ocorra uma diminuição rápida da temperatura, realizando uma vasoconstrição e impedindo que as substâncias ativas ionizadas sejam carreadas pela circulação, ficando, dessa forma, restritas à área de aplicação, potencializando sua atuação e seus resultados. A alternância entre a vasodilatação e a vasoconstrição produzem um aumento do bombeamento sangüíneo, aumentando o fluxo sangüíneo e potencializando a quantidade de nutrientes para facilitar o reparo dos tecidos e também diminuindo o edema.

A função dermotonificação/microcorrente atua acelerando a síntese de ATP e de proteínas, incrementando a regeneração celular e melhorando, assim, o tônus dérmico. Após a aplicação, é de grande valia a utilização da crioterapia para elevar o tônus dérmico através do efeito da vasoconstrição.

A ionoforese, por sua vez, realiza a transferência de princípios ativos e pode ser associada à temperatura entre 25º C e 25º C, de acordo com o objetivo do tratamento.


Protocolos de Tratamentos

Tratamento de rejuvenescimento de face, colo e pescoço

Higienização: aplicar sobre a área a ser tratada um sabonete demaquilante.

Afinamento da capa córnea: aplicar sobre a pele uma loção de alfabeta hidroxiácidos e deixar agir por 3-5 minutos, de acordo com a necessidade da pele, para promover uma ação esfoliante, removendo células mortas e diminuindo a resistência cutânea.

Crio/dermotonificação: aplicar sobre a pele um coquetel composto por ácido hialurônico e vitaminas A, C e E. Sobre o coquetel, utilize o modo Micro (dermotonificação) numa freqüência de 10 a 33 Hz, de acordo com o biótipo cutâneo: pele senil = 200 a 300 Hz; pele madura = 100 a 200 Hz e pele jovem = 50 a 100 Hz.

Associe a aplicação de crio numa temperatura de 15º C durante 10 a 15 minutos, realizando movimentos circulares com a manipulação de aplicação facial.

Reaplicar o coquetel, deixando a pele bem umedecida, e ionize durante 10 minutos na polaridade normal (+) e inversa (-), com o tempo de espera de 3 minutos entre a troca de polaridade, associando uma temperatura de 25º C.

Finalizar com creme hidratante e FPS.
Número de sessões: 05
Freqüência: 1 vez por semana
Manutenção do tratamento: a cada 3 meses



Criotermólise

Tratamento de redução de gordura localizada
1- Demarcar a região afetada por adiposidades em quadrantes e trabalhar diferentes quadrantes por vez.

2- Higienização: aplicar sobre a área a ser tratada uma emulsão de limpeza.

3- Esfoliação: aplicar um gel esfoliante sobre a área a ser tratada.

4- Criotermólise: sobre a região afetada selecionar a criotermólise no modo automático com um tempo de inversão de 2 minutos. Programar a temperatura máxima entre 40 e 45º C, dependendo da sensibilidade da cliente. Deixar o manípulo de aplicação estático sobre a região durante 10 minutos.

5- Dermotonificação: selecionar o modo Corpo e Ionto, aplicando um coquetel com princípios ativos anti-lipolíticos e ionizar nas propriedades normal (+) e inversa (-), com um intervalo de 3 minutos entre as mesmas numa temperatura de 25 a 30º C.

6- Finalizar massageando com creme anti-lipolítico na região afetada.

Número de sessões: 10 a 15
Freqüência: 2 a 3 vezes por semana
Manutenção de tratamento: 1 sessão mensal

Belezain Profª Estela Cardoso

Nenhum comentário: